A Presidente da República anunciou a desistência de tentar antecipar a tramitação da correção da tabela do Imposto de Renda. O pronunciamento ocorreu em rede nacional de rádio e televisão no Dia do Trabalho. Alguns deputados criticaram a incorporação do reajuste das faixas de incidência do IR em 4,5%, o qual era previsto inicialmente para ser discutido através da Medida Provisória 644, uma vez que a tramitação encontra-se em estágio mais avançado. Na reunião participaram líderes da base e Ministro das Relações Institucionais.
A mudança no regimento foi um pedido direto do Palácio do Planalto a seus aliados no Congresso, o qual evitariam que o senador Aécio Neves, se candidatasse à Presidência pelo PSDB. O governo não queria que o autor da emenda confirmasse uma promessa de Dilma e saísse lucrando politicamente com isso. Ainda que tenha havido a junção das duas propostas, deputados de oposição e partidos da base reclamaram que a MP 634 se tornou uma “barriga de aluguel” para a retificação do imposto de renda. O atual presidente da Câmara dos Deputados – Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) – prometeu não aceitar mais esse tipo de ação.
O objetivo da discussão da Medida Provisória foi moralizar a questão a fim de ter um foco claro. Todavia, alguns líderes que participaram da reunião no Palácio do Planalto, disseram que o governo não faz questão de tratar do aumento das faixas da tabela do IR na Medida Provisória 634. Assim, os deputados defendem que Henrique Alves retire de ofício o aumento das faixas do IR do projeto e volte a ser analisado pela comissão especial da MP 664.
Um dos fatores relevantes que tem dado bastante importância é a incorporação de um tema que envolva propostas diferentes de Dilma e Aécio, de forma que a matéria seja politizada. Cria-se, com isso, um conflito em Plenário colocando em risco a aprovação da MP 634.
Por Luciana Viturino
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